As forças aéreas da China e da Rússia realizaram, nesta sexta-feira (29), sua nona patrulha aérea conjunta sobre o Mar do Japão. A informação foi divulgada pela emissora estatal chinesa CCTV. A operação faz parte de um plano anual de cooperação militar entre os dois países, ativo desde 2019.
De acordo com a CCTV, o objetivo principal da patrulha foi reforçar o treinamento conjunto e aprimorar as capacidades operacionais das forças aéreas chinesa e russa. No entanto, a ação gerou protestos da Coreia do Sul, que alegou que as manobras ocorreram sem qualquer aviso prévio.
Segundo autoridades militares sul-coreanas, 11 aeronaves chinesas e russas entraram na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) da Coreia do Sul, o que levou ao envio de caças para monitorar a situação. A Coreia do Sul destacou que, embora a ADIZ não seja parte do espaço aéreo soberano, sua violação sem identificação pode gerar tensões.
Essa não foi a única operação de grande escala realizada pelas duas nações em 2024. Em julho, forças aéreas chinesas e russas conduziram uma patrulha conjunta com bombardeiros estratégicos de capacidade nuclear nas proximidades do Alasca. A movimentação provocou uma resposta imediata dos Estados Unidos e Canadá, que lançaram caças para interceptar as aeronaves.
Essas ações evidenciam o fortalecimento dos laços militares entre China e Rússia, enquanto aumentam as preocupações de países vizinhos e aliados ocidentais sobre a escalada de tensões na região
