De acordo com a CCTV, o objetivo principal da patrulha foi reforçar o treinamento conjunto e aprimorar as capacidades operacionais das forças aéreas chinesa e russa. No entanto, a ação gerou protestos da Coreia do Sul, que alegou que as manobras ocorreram sem qualquer aviso prévio.

Segundo autoridades militares sul-coreanas, 11 aeronaves chinesas e russas entraram na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) da Coreia do Sul, o que levou ao envio de caças para monitorar a situação. A Coreia do Sul destacou que, embora a ADIZ não seja parte do espaço aéreo soberano, sua violação sem identificação pode gerar tensões.

Essa não foi a única operação de grande escala realizada pelas duas nações em 2024. Em julho, forças aéreas chinesas e russas conduziram uma patrulha conjunta com bombardeiros estratégicos de capacidade nuclear nas proximidades do Alasca. A movimentação provocou uma resposta imediata dos Estados Unidos e Canadá, que lançaram caças para interceptar as aeronaves.

Essas ações evidenciam o fortalecimento dos laços militares entre China e Rússia, enquanto aumentam as preocupações de países vizinhos e aliados ocidentais sobre a escalada de tensões na região

O veto anunciado pelo Carrefour à carne proveniente do Mercosul, válido para suas lojas na França, gerou tensões diplomáticas e comerciais entre o Brasil e a rede de supermercados. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, revelou que a embaixada francesa no Brasil está atuando como mediadora para buscar uma retratação por parte da multinacional.

“O embaixador francês ofereceu-se para intermediar uma proposta que ajude a apaziguar essa situação”, explicou Fávaro em entrevista à TV Globo nesta segunda-feira (25). Apesar da iniciativa, o ministro afirmou que não foi definido um prazo para que o Carrefour se manifeste, ressaltando que “o ‘timing’ é deles”.

Reação imediata dos frigoríficos brasileiros

Desde o anúncio feito pelo CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, na última quarta-feira (20), frigoríficos brasileiros suspenderam o fornecimento de carne para as unidades da rede no Brasil. A decisão veio em retaliação à medida, que alegava que carnes do Mercosul não atendem aos padrões exigidos pelo mercado francês.

Bompard, em carta direcionada aos agricultores franceses, justificou o veto mencionando um “risco de inundação do mercado francês com carne que não atende às normas locais”. Fávaro rebateu a alegação e defendeu a qualidade da produção brasileira:

“O Brasil possui um dos sistemas sanitários mais rigorosos do mundo. Somos um dos dois únicos países livres de gripe aviária, o que reflete a força do nosso controle sanitário. Não podemos aceitar ataques à qualidade da carne brasileira”, disse o ministro.

Impacto econômico limitado

Segundo Fávaro, o veto terá um impacto econômico pequeno, dado que a França representa apenas 0,5% das exportações brasileiras de carne bovina. Ele destacou que a China é o principal mercado para os frigoríficos brasileiros, tornando o mercado francês menos significativo em termos de volume.

“Já passou o tempo em que quase 20% da nossa carne era exportada para a União Europeia. Hoje, a França é um mercado importante, mas não é expressivo em números gerais”, observou.

Boicote no Brasil como resposta

O ministro apoiou a decisão dos frigoríficos de boicotar o Carrefour no Brasil e criticou a postura da rede. “Se o Carrefour opta por protecionismo em favor dos produtores franceses, tudo bem, eles podem comprar de quem quiserem. Mas não admitimos que questionem a qualidade das nossas carnes”, afirmou.

Fávaro também defendeu que, caso a carne brasileira seja vetada nas prateleiras da rede na França, o mesmo tratamento deve ser aplicado no Brasil: “Se a carne brasileira não é boa o suficiente para as gôndolas francesas, também não deve estar nas gôndolas brasileiras do Carrefour.”

A busca por uma retratação oficial do Carrefour permanece em curso, com a intermediação da embaixada francesa no Brasil. Enquanto isso, os frigoríficos mantêm o boicote, reforçando a importância de valorizar a qualidade da produção nacional.

A final da Copa Libertadores 2024, disputada entre Atlético-MG e Botafogo neste sábado (30), às 17h, no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, se consolidou não apenas como um espetáculo esportivo, mas também como uma plataforma de ativação para marcas. A vitória do Botafogo por 3×1 marcou o evento como um dos mais intensos em termos de estratégias publicitárias, com iniciativas que exploraram ao máximo o modelo de decisão única, implementado em 2019.

Especialistas em marketing esportivo, como Ivan Martinho, destacam o impacto dessa modalidade de final, comparando-a a eventos como o Super Bowl e a Champions League. “A final única permite ativações e narrativas que vão além do jogo, engajando um público mais amplo”, explicou. Já Fábio Wolff, especialista no setor, apontou como a localização em Buenos Aires favoreceu ações promocionais com apelo turístico.

Ações inovadoras de patrocinadores

Atlético-MG:
Patrocinadores do Galo, como MRV, Banco Inter e Gerdau, organizaram a Casa da Massa no bairro Recoleta. O espaço ofereceu tatuagens, personalização de camisas, experiências interativas e shows. A parceria com a GSH trouxe um almoço especial com a tradicional “Tropeirada da Massa”.

A Betano, patrocinadora máster do clube, realizou a campanha Grito de Galo, com ampla divulgação em mídia digital e televisiva, explorando as emoções dos torcedores.

Botafogo:
Por sua vez, marcas como Sportingbet, parceira da Libertadores, promoveram interações imersivas no evento, incluindo uma experiência chamada Meu Gol Inesquecível, onde fãs recriavam narrações de gols marcantes usando inteligência artificial.

A Fanzone da Conmebol: um show à parte

A Conmebol liderou as ativações com a Fanzone, instalada no Vial Costero, atraindo torcedores com atividades variadas. Parcerias com marcas como Coca-Cola, EA Sports, Mastercard e Amstel trouxeram experiências como:

• Mural Histórico da Coca-Cola, com momentos marcantes do torneio.
• Beer Garden da Amstel, para degustação de cervejas.
• Fam Dome da Puma, com atividades esportivas e recreativas.
• Minitorneios de futebol com prêmios organizados pela EA Sports.

Além disso, a Fanzone ofereceu exposições de relíquias do futebol, espaços para crianças e um pátio gastronômico.

Estratégias promocionais indiretas

Até marcas que não patrocinam diretamente a Libertadores aproveitaram a ocasião. O Burger King ofereceu descontos em hambúrgueres por cada gol do Botafogo, enquanto o Popeyes ativou promoções similares para a torcida atleticana.

Renê Salviano, especialista em marketing esportivo, enfatizou a importância das ativações: “Elas são tão essenciais quanto a exposição da marca, pois geram conexão e conversão.”

O impacto das apostas esportivas

O setor de apostas teve grande destaque nesta edição, com duas empresas, Betano e Sportingbet, patrocinando os clubes finalistas e a competição. João Fraga, CEO da Paag, destacou o papel crescente das bets no financiamento do futebol sul-americano, especialmente com a regulação no Brasil.

O futuro das ativações na Libertadores

Com a consolidação da final única, marcas e organizadores estão explorando cada vez mais o potencial de engajamento em eventos dessa magnitude. Para os torcedores, a experiência vai muito além dos 90 minutos de jogo, criando memórias e conexões que transcendem o esporte.

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